Alumni UEL é contra projeto de lei que terceiriza a gestão de hospitais

Em entrevista à Folha de Londrina, o conselheiro geral da Alumni UEL, Gilberto Berguio Martin, afirma que não existe justificativa para privatizar um hospital como o HU que presta um serviço público de excelência à população.

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A reação da Reitoria da UEL e da Superintendência do HU (Hospital Universitário) de Londrina contra o Projeto de Lei 522/22 que prevê mudanças na gestão dos hospitais universitários no Estado é machete da edição do final de semana da Folha de Londrina.

O posicionamento foi tornado público por meio de nota publicada pela instituição. O Conselho Universitário, órgão máximo de representação da Universidade Estadul de Londrina também se manifestou através de uma carta aberta sobre o Projeto de Lei que trata da gestão dos Hospitais Universitários Estaduais do Paraná.  

O PL foi apresentado à Assembleia Legislativa do Paraná na última quarta-feira (30) e, segundo as instituições de ensino, seu desenvolvimento não contou com a participação de representantes do HU e da UEL. De acordo com a reportagem, assinada pelos jornalistas uilherme Marconi e Caroline Knup, o  segundo artigo do PL é o mais polêmico já que deixa aberta a possibilidade de o governo do Estado de contratar OS (Organizações Sociais) para aplicar o novo modelo de gestão.  "A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e as Instituições Estaduais de Ensino Superios (IEES) ficam autorizadas a contar com o apoio da administração fundacional, qualificadas ou não como Organizações Sociais, vinculadas ou não à Sesa, na gestão dos Hospitais Universitários Estaduais."

A política de privatizações do Estado tem sido tema das reuniões do Conselho da Alumni UEL. Primeiro aquela que toca Escolas Estaduais e agora, a dos hospitais. Em entrevista ao jornalista Víctor Ogawa, da Folha de Londrina, o conselheiro geral da Alumni UEL expôs o posicionalmento contrário da Associação dos Ex-alunos às privatizações. "Privatizar um hospital como o HU, que é um hospital escola, o qual presta um serviço público de excelência, não se justifica. Essa política de privatização cega envolve áreas essenciais para a população como saúde e educação e, na minha opinião, é equivocada porque essas são áreas que são de responsabilidade do gestor público”, disse. Para ele, o gestor público tem que ter capacidade, competência e tino administrativo para gerir essas áreas. “Quem tem que garantir assistência em áreas tão básicas como essa é o poder público. À medida que você privatiza, você vai perdendo o controle sobre o funcionamento dessas áreas", afirmou.