A “UEL na Luta Contra o Racismo” terá suas ações amparadas em quatro eixos: reconhecimento da existência do racismo no cotidiano; visibilidade para ações de enfrentamento e superação do racismo; formação de uma comunidade antirracista; e denúncia de atitudes racistas.
Em 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas. Para marcar a data, a comunidade universitária está convidada a acompanhar o lançamento da Campanha “UEL na Luta Contra o Racismo”, nesta terça (21), que tem como objetivo promover ações estratégicas e permanentes de enfrentamento e combate à discriminação racial. O evento será no Anfiteatro do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH), às 19h30.
A Campanha, que teve o pré-lançamento em outubro do ano passado, é resultado de uma série de ações que a Universidade vem promovendo, desde julho de 2022, para ampliar o debate sobre racismo e implementar uma cultura antirracista dentro da instituição. Uma das atividades já desenvolvidas foi a criação do portal GT UEL – Enfrentamento ao racismo, que reúne materiais sobre a temática e dialoga com a comunidade universitária para coletar ideias de enfrentamento à discriminação racial a serem executadas.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Marleide Perrude, com o lançamento da Campanha, a UEL se coloca como um agente de mudança na luta antirracista e busca avançar por meio de processos educativos. “Ser antirracista é ir além de denunciar o crime de racismo ou a injúria racial, é ser agente de mudança, é atuar ativamente contra toda e qualquer forma de racismo e discriminação”, pontua.
Além do Neab, a Comissão Universidade Para os Indígenas (Cuia) também participa ativamente da campanha. A coordenadora da Cuia, Eloá Soares Dutra Kastelic, destaca que, além das ações de combate ao racismo contra pretos e pardos, a “UEL na Luta Contra o Racismo” ampara, também, os indígenas. “Não podemos compactuar com o racismo. Somos sensíveis, comprometidos e solidários à causa. Nesta direção, propomos ações reparadoras, como a formação de professores com o foco em uma educação antirracista e, sobretudo, atuamos na formação dos acadêmicos indígenas, pensando em uma formação e educação para além da universidade”, explica.
A “UEL na Luta Contra o Racismo” terá suas ações amparadas em quatro eixos: reconhecimento da existência do racismo no cotidiano; visibilidade para ações de enfrentamento e superação do racismo; formação de uma comunidade antirracista; e denúncia de atitudes racistas. As atividades serão pensadas e desenvolvidas em conjunto com a comunidade universitária, movimento negro e demais segmentos da sociedade que atuam na luta antirracista e/ou que são vulnerabilizados.
Programação
A partir das 18h desta terça-feira (21), será realizado um ato simbólico para o lançamento da Campanha “UEL na Luta Contra o Racismo”, com o plantio de uma árvore nas proximidades do Neab. Posteriormente, às 19h, os participantes seguem para o Anfiteatro Maior do CLCH, onde haverá a assinatura de uma carta em apoio à Campanha.
Ainda no Anfiteatro do CLCH, o lançamento da Campanha será iniciado às 19h30, com a mesa redonda “Cenários políticos e jurídicos para a luta contra o racismo no Brasil”, composta pela procuradora Dora Lúcia de Lima Bertulio, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo professor Reginaldo Aparecido Alves (Reginaldo Nimboadju), Cacique da Terra Indígena de Pinhalzinho, localizada em Tomazina (PR).
Via: O Perobal
