Nota de repúdio da Alumni UEL às agressões contra a Prof.a Dr.a Fernanda de Freitas Mendonça

A Alumni UEL manifesta seu apoio e solidariedade à Professora Fernanda e a todas as mulheres que sofreram e sofrem violência misógina.

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Considerando o encerramento deste mês de março/2023, período marcado por mobilizações em torno do Dia Internacional da Mulher, a Alumni UEL vem a público manifestar seu repúdio às agressões sofridas no último dia 15 pela professora Fernanda de Freitas Mendonça, docente do Departamento de Saúde Coletiva (DESC/CCS/UEL) e primeira secretária do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região.

Na ocasião, Dra. Fernanda percorria as salas do Centro de Ciências da Saúde (CCS), durante a paralisação convocada por servidores da UEL, quando foi agredida verbalmente por um docente do curso de medicina, numa evidente tentativa de constrangimento, humilhação e silenciamento da professora.

O fato que identificamos como violência misógina, conforme agressões narradas pela professora e repercutidas pelo Sindicato que representa, torna-se ainda mais grave por ter ocorrido dentro do espaço acadêmico, na frente de alunas e alunos do primeiro ano de medicina, quando a docente exercia legítima atividade sindical.

Assim como não podemos tolerar qualquer forma de violência contra as mulheres, repudiamos as tentativas de desqualificação e criminalização das atividades sindicais e das mobilizações sociais em defesa da educação pública e dos direitos conquistados pelos cidadãs e cidadãos brasileiros.

Lembramos ainda que recentemente outros dois casos de violência misógina ocorridos na UEL vieram a público. Temos convicção que essas práticas não refletem o ambiente acadêmico na sua amplitude, mas sua recorrência nos coloca em alerta. Garantir que a nossa valorosa UEL seja um ambiente de respeito ao outro, de debate, de argumentação e de democracia é tarefa primordial desta Associação.

Diante disto, a Alumni UEL manifesta seu apoio e solidariedade à Professora Fernanda e a todas as mulheres que sofreram e sofrem violência misógina. No anseio de que situações como essas não se repitam, vimos ainda, clamar à administração da UEL que sejam adotadas medidas cabíveis neste caso, assim como, sejam promovidas ações para coibir tais práticas que não condizem com a formação humana, comprometida e cidadã que almejamos para nossas instituições de ensino e para o perfil do egresso da UEL.