Tal mãe, tal filho: uma homenagem em família

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Textos de Marisa Kiyota Stelmachuk, conselheira de eventos da Alumni UEL e estudante de Serviço Social entre 1978 e 1982, e de seu filho, Pedro Kiyota Stelmachuk, ex-aluno de Agronomia entre 2008 e 2014. 

Marisa | Quando ingressei no curso de Serviço Social, a UEL ainda era uma criança, com apenas sete anos de idade, agora é uma senhora de 50 anos. Mas como se desenvolveu! Trazendo um desenvolvimento imensurável ao nosso município e região e, através dos seus professores, pesquisadores, alunos e ex-alunos, contribuindo para o desenvolvimento de todos os cantos deste mundo. Ingressei na universidade praticamente calada (tímida), com muitos sonhos, mas nada definido. Foi na UEL que pude me definir, em que tipo de sociedade eu queria viver, levando em conta os ensinamentos dados pelos meus pais. 

Durante a minha passagem como estudante da UEL, tive a oportunidade de participar do movimento estudantil e de diversos eventos (encontros, simpósios, congressos) do meu curso e de outros  também, o que me possibilitou a interação com estudantes e profissionais de diversas áreas da UEL e de outras Universidades do Brasil. Nesse contexto, ao mesmo tempo em que se aprendia, fazíamos amigos e nos divertíamos. Participar do movimento estudantil foi um “extra” muito importante para minha vida, que contribuiu na minha forma de pensar e ser, inclusive de ter mais voz e direcionar minha vida pessoal e profissional, de lutar, ainda que timidamente, pela sociedade que acredito. 

Foi na UEL que conheci um estudante de agronomia que hoje é meu esposo. Depois, tivemos um filho (agrônomo) e uma filha (arquiteta), que também se formaram na UEL, o que me orgulha muito. Foi dentro da Universidade que nasceu a maioria das amizades que cultivo até hoje. Com alguns amigos tenho contato permanente, outros nem tanto, mas mesmo assim, quando nos encontramos é uma grande alegria, como se o tempo não tivesse passado. É muita história junta.

Atualmente, ainda participo de atividades na UEL. Antes da pandemia, frequentava o curso de Inglês do Laboratório de Línguas do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH) e atualmente participo, de forma remota, de um dos grupos de coral da UEL. O curso de línguas e o coral são apenas algumas das muitas atividades de Extensão Universitária que a UEL oferece, permanentemente, a toda sociedade de Londrina e região. Além das atividades de extensão, participo ainda da ALUMNI UEL (Associação de Ex-alunos da UEL), entidade que tem como objetivos principais a defesa, valorização e fortalecimento da nossa Universidade. 

Me orgulho muito desta senhora chamada UEL, que chegou a  meio século de existência, considerada uma das melhores universidades do país. Por isso, não poderia deixar de homenageá-la. Parabéns, UEL pelos seus 50 anos e pela contribuição para com toda a sociedade!

 

Pedro | 07/10/2021 = 50 anos de UEL!!! Como teriam muitas belas fotos para ilustrar o texto de aniversário, ficou o símbolo do Tcharas mesmo, que nada mais é do que o retrato desenhado do cume sagrado do Tcharas, que por muitos anos foi o local de nossa roda de tereré no gramado do RU.

Aliás, começar falando da UEL a partir da perspectiva do RU é tipo começar pelo coração da coisa, onde além de se esbaldar com aquele rango maravilhoso, a gente sente que não está em uma simples faculdade, mas sim em uma verdadeira Universidade, cheia de diversidade, interações e vida, mesmo que ainda muito elitista.

Cara, são 53 cursos de graduação em um único campus (exceto os últimos anos que alguns tem no HU), isso é espetacular! A Agronomia, o Centro Acadêmico Terra Livre, o glorioso GALO (Grupo de Agroecologia de Londrina), o DCE, a FEAB, as organizações dos Estágios Interdisciplinares de Vivência (EIV-PR), os tantos estágios até o derradeiro com o paizão, professor Josué, e toda a turma do laboratório de melhoramento de milho. Sem falar das memoráveis festas de República, do lendário Pé na Cova e das repúblicas Distopia e Pé de Tomate Comunista...

Nem sei, acho que se não fosse a UEL eu nem teria nascido, pai e mãe se conheceram lá, pai da Agronomia, como eu, e mãe do Serviço Social, no ponto de carona. Já cresci correndo por aqueles gramados, afinal, programa de casal duro é fazer um chá em casa, estourar umas pipocas e levar o lençol para passar a tarde no campus. As primeiras andadas de bici também foram lá, acho que por isso, desde pequeno até hoje, é meu meio de transporte favorito.