O maior festival do livro e da leitura do Brasil acontece em Paraty, no Rio de Janeiro e uma das atraçoes é a dramaturga francesa Marion Aubert. A única obra vertida ao português da autora é “Homens que caem”, publicada pela Editora Cobogó e traduzida por Renato Forin Jr., escritor de Londrina e professor do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas da UEL.
A FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty, maior festival do livro e da leitura do Brasil, sediado no litoral do Rio de Janeiro, começa esta semana e traz para sua mostra oficial a dramaturga francesa Marion Aubert. A única obra vertida ao português da autora é “Homens que caem”, publicada pela Editora Cobogó e traduzida por Renato Forin Jr., escritor de Londrina e professor do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas da UEL.
Aubert participa da mesa “Um teatro, um precipício”, junto da crítica literária Flora Süssekind, com mediação de Natalia Brizuela, nesta quinta (23 nov), às 10 horas, com transmissão ao vivo e tradução simultânea (português e inglês) pelo canal oficial do YouTube da FLIP (https://www.youtube.com/watch?v=T_Ft64TaiNM). A Festa Literária 2023 é dedicada a Patrícia Galvão, a Pagu, que fez do teatro uma de suas frentes de resistência feminista.
O intercâmbio de Forin Jr. com Aubert começou em 2019 a convite do projeto “Nova dramaturgia francesa e brasileira”, idealizado por Márcia Dias e realizado pelo Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil, La Comédie de Saint-Étienne, Instituto Francês e Embaixada da França no Brasil. Oito autores teatrais contemporâneos brasileiros e franceses foram escolhidos, aos pares, para fazerem traduções de peças, publicações e dirigirem leituras dramáticas uns dos outros nos principais festivais internacionais do país.
Renato traduziu e publicou “Homens que caem” (“Des hommes que tombent”), obra metateatral que leva à cena um grupo de jovens atores em montagem e adaptação do romance “Nossa Senhora das Flores”, criado pelo escritor maldito Jean Genet em 1943. Nos ensaios, ganham vida a travesti Divine, protagonista, e outros personagens como Mignon, Alberto e o garoto de programa que dá nome à narrativa. Há um interessante jogo de identificação dos atores do presente com as criações ficcionais do passado e com projeções de futuro (alguns fragmentos da peça se passam em 2090). A tradução teve colaboração do linguista Marcelo Mamed.
Via: O Perobal