Pesquisadores da UEL são reconhecidos no Prêmio Capes de Tese 2023

O Prêmio Capes de Tese existe há 17 anos e é um importante instrumento de reconhecimento de excelência dos PPGs de todo o Brasil. Entre as representantes da UEL, recebeu menção honrosa a tese “Cadê o Haiti? o processo de formação identitária das crianças haitianas (ti dyaspora) na relação entre a escola e suas famílias no Brasil”, de autoria do estudante haitiano Jean Baptiste Marc Donald. Premiado também o chileno Walter Aquiles Sepulveda Loyola com a tese “Fundamentos teóricos e perspectivas futuras para novas avaliações e intervenções clínicas em indivíduos com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e Sarcopenia: a interação entre Gerontologia e Pulmonologia”. 

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Em cerimônia promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em dezembro, foram premiadas e concedidas menções honrosas a teses de doutorado de todo o Brasil. Ocorrido na sede da Capes, em Brasília, o evento enalteceu 49 trabalhos, dentre os 1469 inscritos, e seus respectivos autores e orientadores. Da UEL, duas teses foram relacionadas: uma do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Serviço Social e Política Social (Cesa) foi premiada e uma do PPG Associado UEL/Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera em Ciências da Reabilitação (CCS) foi reconhecida com menção honrosa.

O Prêmio Capes de Tese existe há 17 anos e é um importante instrumento de reconhecimento de excelência dos PPGs de todo o Brasil. Para a premiação, são considerados os quesitos de originalidade e relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e inovação, além da qualidade e quantidade de publicações decorrentes da tese. Também são observadas a metodologia utilizada, a qualidade da redação e a estrutura textual.

Entre as representantes da UEL, recebeu menção honrosa a tese “Cadê o Haiti? o processo de formação identitária das crianças haitianas (ti dyaspora) na relação entre a escola e suas famílias no Brasil”, de autoria do estudante haitiano Jean Baptiste Marc Donald. Orientado pelo professor Wagner Roberto do Amaral, do Departamento de Serviço Social (Cesa), Marc Donald se dedicou a observar a influência dos ambientes escolar e familiar para a formação de crianças haitianas no Brasil.

O pesquisador afirma que se sente honrado com o reconhecimento do prêmio e lembra que seu trabalho é fruto de um esforço coletivo, que envolve professores do PPG em Serviço Social e Política Social da UEL. Ele também ressalta que a menção é importante para valorizar o desenvolvimento acadêmico de imigrantes no Brasil e a internacionalização do conhecimento. “É um prêmio que representa todos os haitianos que estão no Brasil e todos os estudantes estrangeiros que estão na UEL”, frisa.

Marc Donald, que chegou ao Brasil em 2016, é mestre e doutor em Serviço Social e Política Social na UEL. Atualmente, ele está desenvolvendo seu pós-doutorado na Universidade do Québec em Montréal, no Canadá. Lá, ele está se aprofundando no estudo de experiências de alunos negros em ambiente escolar e o racismo no Ensino Fundamental.

Já o chileno Walter Aquiles Sepulveda Loyola foi premiado com a tese “Fundamentos teóricos e perspectivas futuras para novas avaliações e intervenções clínicas em indivíduos com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e Sarcopenia: a interação entre Gerontologia e Pulmonologia”. A DPOC é uma condição inflamatória que atinge os pulmões, dificultando a respiração. Já a Sarcopenia é uma síndrome associada à perda progressiva de massa muscular. Ambas se manifestam com maior intensidade em idosos.

 

Walter foi orientado pela professora Vanessa Suziane Probst, do Departamento de Fisioterapia (CCS), vice-coordenadora do PPG Associado em Ciências da Reabilitação, e ressalta como a UEL foi decisiva para seu estabelecimento como pesquisador. “Foi a UEL que me abriu as portas, e a oportunidade dada para mim deu bons frutos, por isso fico muito honrado e contente com este reconhecimento”. Ele conta que, durante o mestrado e o doutorado na UEL, publicou mais de 20 artigos, número muito superior ao mínimo exigido pela instituição. “O Brasil me deu a chance de estudar e eu tinha que dar o melhor de mim”, afirma.

Ele, atualmente, é professor da Universidad de las Americas (UDLA), no Chile, e também atua como pesquisador principal do projeto Diabfrail Latam financiado pela União Europeia e desenvolvido na América Latina. Walter conta que, em razão do Prêmio Capes recebido, ele receberá uma bolsa para desenvolver seu pós-doutorado no Brasil, que será voltado ao estudo da Sarcopenia em idosos hospitalizados.

Via: O Perobal