Psicólogos e assistentes sociais de projeto da UEL integram NRE's

Eles integram o projeto ‘Formação Continuada Interdisciplinar, Diagnóstico Socioeducacional e Sistematização das Experiências de Psicólogos e Assistentes Sociais na Educação Básica do Paraná’, da UEL e viabilizado por meio de um convênio com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) e apoiado pela Paraná Educação e pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

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Um grupo formado por psicólogos e assistentes sociais da UEL selecionados para o atendimento especializado nas escolas da rede estadual de ensino do Paraná conheceu, na última quarta (17), a sede dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) de Curitiba e da Área Metropolitana Sul, na capital, onde passa a atuar a partir de agora.

Eles integram o projeto ‘Formação Continuada Interdisciplinar, Diagnóstico Socioeducacional e Sistematização das Experiências de Psicólogos e Assistentes Sociais na Educação Básica do Paraná’, da UEL e viabilizado por meio de um convênio com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) e apoiado pela Paraná Educação e pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O grupo está entre os mais de 200 psicólogos e 100 assistentes sociais que vão acompanhar alunos e professores da rede estadual de todo o Paraná ao longo de 2024. 

“Para nós, a chegada desses profissionais representa um conforto muito grande, porque esse peso emocional que surgiu antes da pandemia e que se intensificou no período pandêmico trouxe consequências negativas para a saúde mental dos nossos alunos. Eles necessitam de um suporte especializado que o corpo pedagógico não consegue dar”, diz Eliandra Francielli Bini Jaskiw, chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) da Área Metropolitana Sul.

Laura Patrícia, chefe do NRE de Curitiba, explica que a demanda pela assistência é frequente, já que só na capital são 153 escolas compostas por dez setores, que atendem entre 10 e 15 instituições.

“Neste primeiro momento, estamos planejando um cronograma para o atendimento que os profissionais farão. Em março, eles começarão efetivamente a atuar na escuta ativa nas escolas, e em outras questões como as  que envolvem  o abandono escolar. Eles serão essenciais  em todos os nossos conflitos”, afirma.  

Joana Franco de Arruda, assistente social há mais de 20 anos, ficou em terceiro lugar na seleção, realizada em outubro de 2023. Surpresa  com o bom desempenho, e com especializações em psicopedagogia clínica institucional, educação especial com ênfase em deficiência intelectual e educação indígena, promete fazer a diferença. “Sou suspeita para falar, porque  eu amo o serviço social e me sinto muito feliz em estar na área da educação, pela qual tenho o maior carinho e respeito”.

Outra profissional pronta para atuar, a psicóloga Márcia Cristina Silva do Nascimento conta que a área da educação sempre esteve entre seus principais interesses e se considera desafiada na nova função. “Estou feliz, mas esse vai ser um desafio pra mim, em razão da situação preocupante de saúde mental em que se encontram os jovens e adolescentes de hoje”, destaca. “Creio que esse suporte será fundamental para melhorarmos a realidade dentro das escolas, mas acredito também que estarei em constante aprendizado, porque estamos aprendendo sempre. A expectativa é que o projeto traga bons resultados, porque é um trabalho necessário que vai além do ambiente escolar”, acrescenta a profissional. 

A iniciativa tem como objetivo desenvolver ações voltadas à formação continuada dos profissionais e sistematizar o trabalho a ser desenvolvido por equipes multiprofissionais, constituídas por psicólogos e assistentes sociais nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná. A intenção é elaborar um diagnóstico nas escolas estaduais e fornecer subsídios para identificar e mediar ações junto aos estudantes da rede estadual. 

“Ao reconhecer as necessidades emocionais dos estudantes, professores e demais agentes da comunidade escolar, as instituições não apenas promovem um ambiente mais saudável, mas também maximizam o potencial de aprendizado”, avalia o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. “A presença de profissionais da saúde mental nas escolas pode ajudar a identificar e a lidar com questões como ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizado e problemas de comportamento”, completa.

Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, outro ponto positivo do programa é a aproximação das universidades com a educação básica por meio da integração dos profissionais. “A parceria com a Secretaria de Educação proporciona a integração da educação básica com a educação superior no Estado, um dos nossos objetivos. Por meio da UEL vamos fornecer suporte e apoio nas áreas de psicologia e assistência social para os professores da rede estadual de educação básica”, indica.

“O objetivo principal da UEL no projeto é capacitar as equipes que prestarão o serviço a lidar com as demandas que surgem no dia-a-dia das escolas, tanto de aprendizagem quanto de gestão de conflitos e relações interpessoais. Isso será feito por meio de um curso de preparação, técnico e teórico, dos profissionais, e posterior acompanhamento durante os atendimentos nas escolas”, afirma o professor Alex Eduardo Gallo, da UEL, coordenador-geral do projeto.

Eliandra Bini Jaskiw reforça a preocupação com situações de maior complexidade em termos emocionais, muitas vezes identificadas primeiro pela escola, antes mesmo das famílias. “Com profissionais com expertise dentro dos núcleos, que podem acompanhar os alunos mais de perto, nos sentimos aliviados como gestores. Além disso, os servidores também vão se sentir mais apoiados. Eles saberão a quem recorrer e isso com certeza vai se refletir na aprendizagem”, arremata.

Via: O Perobal