Uma roda de conversa para dar nome ao que vem acontecendo com a educação pública. A Alumni UEL realizou na noite de ontem (quarta, 31), o evento “Os Rumos da Educação Pública no Paraná e no Brasil: militarização, privatização e a Lei Geral das Universidades”, disponível no canal YouTube da Associação dos Ex-alunos da Universidade Estadual de Londrina. um panorama assustador de como a educação pública vem sendo precarizada através da implementação de um projeto econômico, político e ideológico de dominação, por meio da apropriação das instituições e processos educacionais.
Uma roda de conversa para dar nome ao que vem acontecendo com a educação pública. A Alumni UEL realizou na noite de ontem (quarta, 31), o evento “Os Rumos da Educação Pública no Paraná e no Brasil: militarização, privatização e a Lei Geral das Universidades”, disponível no canal YouTube da Associação dos Ex-alunos da Universidade Estadual de Londrina.
O webinário contou com a participação de Michelle Fernandes que falou sobre a privatização do ensino no Paraná com destaque para educação básica, considerando o Projeto Parceiro da Escola. “Quando tudo for privado, seremos privados de tudo”, pontua a professora do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá e do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE UNICENTRO). Ela também é mestre em educação pela Universidade Estadual de Maringá, doutora em educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR e com pós-doutorado pela UEPG. O evento teve ainda com a participação do professor e sociólogo Ricardo Normanha, pesquisador de pós-doutorado e professor Credenciado na Faculdade de Educação da Unicamp que falou sobre a militarização e o avanço da extrema-direita na educação pública. Normanha é membro do Grupo de Pesquisa em Diferenciação Sociocultura da FE/Unicamp, do Observatório das Tecnologias e IA na Educação (Edutecia) e do Comitê Paulista da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. “Vemos um avanço das pautas conservadoras como uma contraofensiva anticomunista que se apoia nesse ‘fantasma do comunismo’ contra governos progressistas e democráticos na América Latina, como um espantalho ideológico utilizado pela direita sempre que é necessário se rearticular para avançar nas próprias pautas”, comenta o pesquisador.
“Por quê os governantes querem sempre retirar a Autonomia das Universidades?”, questionou Lygia Lumina Pupatto, bióloga, docente do Departamento de Biologia Vegetal e Animal da UEL onde também exerceu o cargo de Reitora entre 2002 e 2006, ex-vereadora em Londrina e ex-Secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (2006 – 2010). Ela participou com Fernanda Mendonça, professora do departamento de Saúde Coletiva e membro da Diretoria do Sindiprol/Aduel que trouxe dados do III Seminário Estadual sobre a LGU que aconteceu em Cascavel no campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em abril. Puppato e Mendonça falaram sobre a Lei Geral das Universidades, a LGU, e como isso já está impactando a vida de professores e administração das Universidades, cada vez mais sucateadas e enfraquecidas.
A mediação foi do jornalista, gerontólogo e docente da graduação e pós-graduação em Comunicação da UEL, Régis Moreira. Ele também é articulador da DECO, Entretons e Observatório Nacional de Políticas Públicas e Educação em Saúde.
A gravação, com pouco mais de duas horas de duração, pode ser acessada pelo endereço https://www.youtube.com/watch?v=E2S71eUx0GA e traz um panorama assustador de como a educação pública vem sendo precarizada através da implementação de um projeto econômico, político e ideológico de dominação, por meio da apropriação das instituições e processos educacionais.