Seis candidatos participaram do debate que teve repercussão na imprensa com um anfiteatro lotado e discussão acalorada em torno de propostas.
O Anfiteatro Maior do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH) teve lotação esgotada durante as mais de duas horas de duração do debate entre os candidatos à Prefeitura de Londrina, organizado pela Associação das ex-alunas e dos ex-alunos da Universidade Estadual de Londrina (Alumni UEL), em parceria com o Curso de Jornalismo e o CLCH. Cerca de 300 pessoas ocuparam as cadeiras e os corredores do auditório e quase 2,5 mil acompanharam pela internet, enquanto os candidatos discutiam a cidade. Barbosa Neto (PDT), Coronel Villa (PSDB), Diego Garcia (Republicanos), Isabel Diniz (PT), Professora Maria Tereza (Progressistas) e Tercílio Turini (MDB) compareceram ao debate.
Tiago Amaral (PSD) não compareceu ao debate. Mesmo assim, a organização decidiu por deixar no palco a cadeira que era destinada ao candidato e seu nome não foi tirado das urnas onde eram sorteados quem responderia ou faria perguntas. A ausência foi citada pelos outros candidatos e o público reagiu com vaias à menção do nome de Amaral.
O candidato distribuiu uma nota no começo do evento, agradecendo o convite, alegando que não poderia comparecer devido a preparativos para outro evento no sábado. Apesar de ter sido convidado ainda em julho e de a assessoria do candidato não ter participado da reunião para a discussão das regras, na nota, Amaral diz que “sabe-se que os responsáveis pelo debate têm vínculos políticos com a esquerda e que, obviamente, o debate vai ter o mesmo viés”. Desde o primeiro momento o candidato não confirmou presença no debate, mas também não tinha afirmado categoricamente que não participaria. A alegação de “viés” político atribuído organizadores só apareceu na nota, depois que o debate já tinha ganhado grande repercussão na imprensa e ignorar o evento já não era uma opção viável.
Os candidatos que compareceram ao debate discutiram as questões da cidade e apresentaram suas propostas para enfrentar essas questões. Eles responderam perguntas formuladas pela Alumni UEL, por instituições da cidade e pelo público sobre temas como moradia, meio ambiente, população em situação de rua, saúde e educação. Também houve espaço para que os candidatos fizessem perguntas aos seus concorrentes. Houve momentos de tensão, palavras ríspidas e críticas entre os candidatos, todos dentro dos limites aceitáveis no âmbito da disputa política, já que a política é um espaço de dissenso.
CARTA - No final do debate os candidatos foram convidados a assinar a Carta da Alumni UEL, que expôs pontos que são considerados importantes pela Associação. Entre os candidatos presentes, apenas Diego Garcia, não assinou a carta.
REPERCUSSÃO - O debate organizado pela Alumni UEL ganhou relevância e repercussão na imprensa. Diversos veículos de comunicação fizeram notas e reportagens divulgando o evento. Este foi o segundo debate entre os candidatos e aconteceu num momento importante da campanha: às vésperas do início do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, que começa na sexta-feira.
Estudantes de Jornalismo foram envolvidos na organização e na cobertura do debate, tendo produzido desde os textos de divulgação, até reportagens que serão apresentadas das disciplinas do curso e na Rádio UEL FM, dentro de um projeto de cobertura das eleições 2024.
APOIO - Além dos parceiros na organização, o debate contou com apoio cultural da Sisprime do Brasil, Estúdio Cambuci, Rádio Cobra FM, BM Móveis Decor e Rádio UEL FM.
Foto: Emerson Dias