Membro da Alumni UEL é entrevistado por Juca Kfouri

O jornalista Murilo Pajolla, ex-aluno e membro da Alumni UEL foi entrevistado por Juca Kfouri no programa Entre Vistas, da TVT. Hoje, ele está no Amazonas e se dedica ao jornalismo socioambiental na cobertura dos conflitos territoriais, na violação de direitos humanos dos povos indígenas, ribeirinhos e tradicionais da floresta amazônica para o Brasil de Fato.

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O jornalista Murilo Pajolla, ex-aluno e membro da Alumni UEL foi entrevistado por Juca Kfouri no programa Entre Vistas, da TVT, canal da tv aberta da região metropolitana de São Paulo, um veículo de comunicação educativo com que tem compromisso com a democracia , com o fortalecimento da cidadania e com a justiça social. Pajolla é de Ribeirão Preto, veio para Londrina para cursar UEL onde se formou em Comunicação Social/Jornalismo em 2012. Depois de formado, atuou na imprensa local e fez parte de toda a estruturação da comunicação da Alumni UEL  até se mudar para Lábrea, no sul do Amazonas, cidade a 700 km de Manaus e se dedicar ao jornalismo socioambiental, contratado pelo Brasil de Fato.

O trabalho de Pajolla é focado nos conflitos territoriais, na violação de direitos humanos dos povos indígenas, ribeirinhos e tradicionais da floresta amazônica. Uma atuação que tem gerado reconhecimento, como o convite para a entrevista realizada por Juca Kfouri, um grande nome do jornalismo nacional, logo depois de entrevistas com outros personagens emblemáticos, como os também jornalistas Chico Pinheiro, Eliane Brum, a mais premiada profissional do Brasil atuando na área do jornalismo socioambiental e também inspiração para essa nova fase da carreira do ex-aluno da UEL. “Achei que era necessário estar aqui, no interior do Amazonas (...). Numa cidade que a partir de 2020 passa a integrar o chamado arco do desmatamento, que é onde ocorre a expansão da fronteira agropecuária. Então essa cidade, de alguma forma, representa tudo aquilo que vemos no noticiário sobre a devastação ambiental, as invasões, grilagem de terra, expulsão de povos indígenas e povos tradicionais da Amazônia e aniquilação desses modos de vida diferenciados”, explicou Pajolla ao Entre Vistas. Confira toda a entrevista no final do post. 

Ao conectar a experiência com a Alumni UEL e os novos desafios na Amazônia, Pajolla diz que defender uma Universidade pública, de qualidade e  gratuita – uma das missões da Alumni UEL e de todos os seus afiliado – é falar do acesso a mais pessoas à uma formação como a sua, que o permite exercer a profissão com qualidade e rigor técnico que o jornalismo socioambiental exige. “Naturalmente foi a UEL que me proporcionou essa formação. Foi na UEL que aprendi o conjunto de ferramentas que eu uso no jornalismo para poder fazer essa cobertura que agora, de alguma forma, é reconhecida. Acho que são lados da mesma moeda: defender a educação pública de qualidade e gratuita e ao mesmo tempo,  defender que todos tenham acesso a ela”, afirma. Na opinião do jornalista, a garantia de um modelo de ensino superior público  e de qualidade  para todos os habitantes do País é primordial, principalmente numa região conflagrada. “Um lugar onde os nossos irmãos da Floresta Amazônica, os povos tradicionais quilombolas, indígenas e ribeirinhos têm os seus direitos humanos sistematicamente violados. Hoje, aqui percebo que tudo isso também faz parte de uma visão de mundo que a Alumni UEL defende, que parte da defesa do ensino superior público, gratuito e de qualidade e chega na questão socioambiental. Garantir a proteção dos direitos humanos é garantir que dentro dos territórios indígenas as pessoas possam ter a segurança para estudar”, afirma. 

No Amazonas, Pajolla passou a acompanhar de perto a realidade e as particularidades de alguns dos mais de 300 povos indígenas do Brasil. Entre as coberturas mais recentes feitas pelo jornalista ex-aluno da UEL para o Brasil de Fato, está o assassinato brutal do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Durante a conversa com Juca Kfouri no Entre Vistas, Pajolla ainda fez questão de reforçar a importância da atuação das organizações indígenas na investigação do caso.  

Nas fotos da galeria, Pajolla quando acompanhou indígenas e ribeirinhos em expedição que flagrou desmatamento ilegal na Amazônia e na companhia de ribeirinhos do Rio Manicoré (AM). Arquivo pessoal.